Com certeza, a carne e o controle dominam a história do Brasil. Quanto mais as autoridades tentaram manter a ordem e promover o progresso, mais os desejos da carne exerceu controle. É círculo vicioso, porque quanto mais se usar a carne para controlar a si mesma, mais habilitada será a carne. A carne não pode subjugar a carne. A autoridade humana não pode superar a sua própria natureza, uma natureza pecaminosa. A humanidade precisa de um poder exterior, for de nós mesmos, para lidar com o nosso problema de pecado. Levou muito tempo até que a maioria dos brasileiros reconhecesse isso.
Depois da independência do Brasil, o país gozava de estabilidade e de prosperidade. Não é surpreendente. A guerra de independência foi uma guerra defensiva. O povo queria manter o status quo, um reino unido com Portugal. Não queria voltar a ser uma colônia. Em decorrência disso, Deus abençoou os esforços dos brasileiros. No entanto, durante o período da prosperidade e da estabilidade que seguiu a independência, um golpe de estado ocorreu.
Sem dúvida, os filhos do privilégio com frequência são a ameaça maior à sociedade existente. Tendem a ter um sentido exagerado de auto-importância. Acham que são a elite, que são melhores do que os outros. Nas mentes perversas deles, devem estar no poder porque tudo seria melhor com eles no comando. Por isso, apesar da boa situação no Brasil e sem a aprovação popular, a elite positivista do Brasil declarou guerra ao país. Destituiu o imperador e instituiu um governo republicano.
Ao contrário da guerra da independência, esse golpe militar foi uma revolução. O positivismo, o sistema da ordem e do progresso, tinha chegado. Os positivistas achavam que poderiam criar uma utopia por meios científicos. Naturalmente, essa engenharia social precisava de um governo quase totalitário, para planejar tudo. É dizer, criou-se uma classe política e militar para estabelecer a ordem e promover o progresso. A capacidade intelectual do homem foi exaltada; a autoridade do governo foi adorada. De fato, ainda pode-se ver o vestígio da religião dessa elite no Brasil. O Templo da Humanidade, que se pratica a Religião da Humanidade, fica no Rio de Janeiro, no bairro da Glória.
Em fim, a carne não pode governar-se. O povo rebelou-se contra a microgestão e o jeitinho brasileiro nasceu. Pequenos atos de corrupção e contornar as regras tornaram se parte da cultura. Os espertos deram um jeito e a malandragem surgiu. E que tal o Carnaval? É a festa mais popular no Brasil e é conhecida pela nudez, pela sensualidade, pelas bebidas alcoólicas, por roubar, por urinar na rua, por ficar chapado e por todo tipo de imoralidade sexual. Obviamente, a mesma palavra “Carnaval” tem a palavra carne nela. A festa trata-se de desfrutar dos prazeres da carne. Então, fica claro que o controle dos iluminados não pôde mudar o homem para melhor.
Dada a arrogância da elite, a solução às falhas da engenharia social governamental foi mais intervenção. Com mais controle, porém, havia mais falhas. Em resposta a isso, algumas pessoas da classe política queriam reconstruir a sociedade completamente. O marxismo estava prestes a chegar, mas em 1964, os militares positivistas fizeram golpe para impedir a chegada. Só adiou o inevitável. O marxismo reapareceu e assumiu o poder na forma do Partido dos Trabalhadores.
Os positivistas tentaram melhorar a natureza humana por um governo científico. Geralmente, os marxistas querem destruir a natureza humana. O marxismo baseia-se na mentira que Deus não existe. Podemos fazer o que quisermos sem a condenação porque sem Deus, não há um código moral objetivo. Segundo o marxismo, todo mundo pode fazer-se passar por Deus e viver segundo as suas regras. É a mesma mentira de Satanás do Jardim do Éden: o homem pode ser Deus.
Isso significa que todos os males do mundo não são causados pelo pecado, como a Bíblia diz. Muito pelo contrário, o marxismo ensina que a causa dos males são as instituições injustas. O marxismo diz que os homens são vítimas dos outros homens. Para realizar o seu destino, a humanidade precisa rebelar-se contra o sistema. Por isso, como a história nos mostra, os marxistas entram em guerra contra Deus. Perseguem os cristãos e atacam as instituições tradicionais, principalmente a propriedade pessoal e a família. Não dá certo nunca, porque o homem não pode eliminar as instituições que Deus criou, nem pode superar o pecado no seu próprio poder.
No Brasil, felizmente, o Partido dos Trabalhadores não conseguiu uma revolução marxista. O Brasil tem muitos cristãos. Nas últimas décadas, o país experimentou um grande avivamento. Agora tem muitos evangélicos e carismáticos, compromissados com Deus e empenhados em servir ao Senhor. Como afeta a política e a cultura do Brasil? Basta olhar para a eleição presidencial no Brasil em 2018, a qual sinalizou o princípio do fim do positivismo e do marxismo. O senhor Jair Bolsonaro ganhou com o slogan de “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.” Ele apoia Israel, reconhecendo que Deus prometeu a terra de Israel aos judeus, e procura uma amizade com o maior país cristão do mundo, os Estados Unidos da América. Glória a Deus!
O Brasil está mudando. O espírito da carnalidade, nas várias formas, está fugindo. Já não reina sobre os brasileiros. Acreditam na realidade bíblica que a concupiscência da carne vai passar, mas “aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” Estão em processo de realinhar a Deus. Que fiquem com Deus, aconteça o que acontecer.